Como dizer que jogou mal um time que teve 68% de posse de bola e 13 finalizações contra sete do adversário (quatro a um na direção do gol), acertando mais que o dobro de passes*? Como dizer que jogou bem um time que só venceu o modesto Jorge Wilsterman por 1 a 0, em casa, com o gol da vitória saindo aos 50 minutos do segundo tempo?
Reduzir a atuação do Palmeiras apenas ao placar é pouco. E o time de Eduardo Baptista teve controle da partida no campo ofensivo, cada vez mais bem adaptado ao “perde-pressiona”, com muita intensidade para tentar retomar a bola o mais rapidamente possível. Segue mostrando organização e avanços importantes no jogo coletivo que devem fazer o time crescer cada vez mais. Principalmente peças como Felipe Melo, de ótimo segundo tempo, acelerando a saída e encontrando companheiros em boas condições com passes verticais. É preciso paciência para que o trabalho possa evoluir e encaixar.
Mas em campo, o Palmeiras não precisa ter tanta paciência como teve ontem e isto Eduardo precisa entender. A intensidade da pressão no fim após as entradas de Keno e Roger Guedes, que fizeram o time da casa chegar com oito dos 10 jogadores de linha dentro da área do Wilsterman no lance que definiu a partida, poderia acontecer mais cedo. Acelerar mais usando as boas opções no campo de reserva, poderia não deixar tanto sofrimento para o fim.
O torcedor precisa ter paciência com o trabalho do treinador. Eduardo, nem tanta para fazer o time vencer. O Palmeiras jogou bem na vitória dura sobre o Wilsterman, mas ela poderia vir com menos dose de sofrimento.
*Estatísticas: Footstats
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